Pelo menos dez estados brasileiros estão em negociações adiantadas com o Grupo Edge, um dos principais grupos do setor de defesa global, para implementar soluções de inteligência artificial (IA) no enfrentamento ao crime organizado e no monitoramento das fronteiras. São Paulo já utiliza algumas das tecnologias de vigilância proporcionadas pela empresa, enquanto Acre, Bahia e Paraná estão nas fases mais avançadas das discussões.
Em entrevista à CNN, Faisal Al Bannai, presidente do Grupo Edge e secretário-geral de Tecnologia dos Emirados Árabes Unidos, explicou as tecnologias que podem ser aplicadas. “Considerando que o Brasil é um país extenso, as fronteiras são imensas. O combate ao contrabando é um grande desafio. Apresentamos nossa solução, que abrange 80% dos cenários, permitindo que os soldados se concentrem apenas nos 20% restantes”, afirmou. O sistema mencionado por Al Bannai é o Bordershield, cuja nova versão foi lançada durante a IDEX, uma das mais importantes feiras de defesa do mundo, realizada em Abu Dhabi.
O objetivo do Bordershield é prover vigilância autônoma focada em proteção de fronteiras, com capacidade de monitoramento e identificação de ameaças em tempo real, permitindo que as tropas sejam alocadas em outras tarefas que ainda não possuem soluções tecnológicas, aumentando assim a eficiência das operações. Com a utilização de IA, o sistema analisa dados provenientes de imagens em tempo real, sendo capaz de identificar invasões ou atividades suspeitas.
Al Bannai também ressaltou a relevância do Brasil para a empresa, que já destina R$ 3 bilhões em investimentos no país. “Temos mantido uma relação muito positiva. Não é à toa que nosso primeiro escritório fora dos Emirados foi inaugurado lá. Estabelecemos uma parceria sólida e ainda vejo um grande potencial no Brasil, pois compartilhamos muitos objetivos semelhantes”, afirmou.
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