A Grã-Bretanha pode alcançar um crescimento econômico de 400 bilhões de euros (cerca de US$ 533 bilhões) com a utilização de inteligência artificial, caso a sua força de trabalho seja devidamente treinada, segundo informou o Google. Programas piloto realizados no país demonstraram que os trabalhadores são capazes de economizar mais de 120 horas anualmente ao empregar IA em tarefas administrativas. Medidas simples, como permitir o uso dessa tecnologia e oferecer algumas horas de capacitação inicial, poderiam resultar na duplicação da adoção da IA e, consequentemente, estimular o crescimento econômico, conforme relatado pelo Google em um documento sobre suas iniciativas, divulgado na sexta-feira (25). A gigante da tecnologia, criadora do chatbot Gemini AI, mencionou que uma análise realizada pela Public First, sua parceira no projeto, revelou que dois terços dos empregados – especialmente mulheres mais velhas provenientes de origens socioeconômicas baixas – nunca haviam utilizado IA generativa em suas atividades profissionais.
Debbie Weinstein, responsável pelo Google na Europa, Oriente Médio e África, destacou que os pilotos do AI Works – desenvolvidos em colaboração com uma rede de pequenas empresas, instituições educacionais e um sindicato – mostraram que os trabalhadores poderiam poupar, em média, 122 horas por ano ao integrar IA em suas tarefas administrativas. No entanto, um dos obstáculos que impede alguns de experimentarem a nova tecnologia é a incerteza sobre a legitimidade e justiça de utilizar a IA em suas funções. “As pessoas queriam ‘permissão para começar’,” afirmou Weinstein em entrevista. “Elas se perguntavam: será que é aceitável eu fazer isso?” Garantir esse respaldo foi crucial.
Ao darem o primeiro passo, algumas horas de treinamento em IA foram suficientes para aumentar a confiança dos trabalhadores, levando a uma utilização da tecnologia duas vezes maior, segundo Weinstein, sendo que muitos continuaram a usá-la meses depois. Essas intervenções simples contribuíram para diminuir a disparidade na adoção da IA entre os participantes dos estudos pilotos, como relatado pelo Google em seu relatório sobre o AI Works. Antes do treinamento, apenas 17% das mulheres com mais de 55 anos nas amostras utilizavam a IA semanalmente, enquanto apenas 9% o faziam diariamente.
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