O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) realizará, na madrugada desta terça-feira (6), o lançamento do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2025. A cerimônia global será transmitida online a partir das 5h30 (horário de Brasília). Coorganizada pela agência da ONU, pela Comissão Europeia e pelo Reino da Bélgica, a cerimônia terá duração de duas horas e contará com cobertura digital pelo canal do PNUD no YouTube, sendo conduzida e moderada pela jornalista e escritora Esther Paniagua.
Os cientistas descobriram o primeiro organismo capaz de viver sem oxigênio. Enquanto isso, estudiosos afirmam ter encontrado outra fonte de ouro no cosmos. Uma figura que, após injetar veneno de cobras por 18 anos, agora ajuda na criação de um soro também merece destaque.
Nesta edição, o tema abordado é “Uma questão de escolha – pessoas e possibilidades na era da IA”. De acordo com um comunicado de imprensa, o relatório “analisa os impactos da digitalização e da inteligência artificial no desenvolvimento humano”. A pesquisa tem como objetivo investigar como essas mudanças tecnológicas transformadoras afetam aspectos essenciais do desenvolvimento humano, incluindo saúde, educação, estrutura social, relações interpessoais, emprego e autonomia.
A Inteligência Artificial pode ter um impacto positivo no futuro, mas também apresenta o risco de aprofundar desigualdades já existentes. Segundo os pesquisadores, “A IA avança a uma velocidade impressionante, mas o desenvolvimento humano não acompanha essa evolução”. O descompasso entre o progresso tecnológico e o desenvolvimento social coloca a humanidade diante de um dilema: como integrar e regular essas novas tecnologias?
Embora a IA possua um potencial inegável para impactar o futuro de maneira benéfica, incluindo melhorias nas áreas de saúde, educação e eficiência, ela também pode acentuar desigualdades ao favorecer grupos já privilegiados e criar novas formas de exclusão. Nesse sentido, a IA tem o poder tanto de corrigir quanto de intensificar os desequilíbrios sociais, dependendo das decisões que tomarmos coletivamente. O documento ressalta a importância de escolhas conscientes em relação ao desenvolvimento, implementação e regulação da IA.
Os pesquisadores afirmam que não se trata apenas de prever o futuro, mas de moldá-lo por meio de “decisões ousadas que ampliem as capacidades das pessoas”.
O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2025 é o segundo de uma trilogia que começou em 2023-24, focando na polarização, ou seja, nas profundas divisões sociais, políticas e econômicas que afetam o desenvolvimento humano, a governança e a estabilidade das nações. A discussão deste ano gira em torno de como “moldar nosso futuro digital compartilhado”, analisando de que forma as tecnologias digitais e a IA podem ser utilizadas para o benefício da sociedade como um todo.
O terceiro relatório, previsto para 2026, abordará como “navegar no Antropoceno por meio das aspirações humanas”, investigando formas de compatibilizar o desenvolvimento humano com os desafios ambientais atuais, considerando o impacto significativo da atividade humana no futuro do planeta.
O PNUD, em colaboração com uma ampla rede de especialistas e parceiros em 170 países, tem a responsabilidade de lutar contra a pobreza, a desigualdade e as mudanças climáticas. O objetivo é ajudar as nações a desenvolverem soluções integradas e sustentáveis para as pessoas e o planeta.
O evento ocorrerá em um formato híbrido em Bruxelas, Bélgica. Após uma aprofundada discussão sobre os temas do relatório, ocorrerá uma sessão de perguntas e respostas ao vivo com especialistas em políticas públicas, economia, tecnologia social, educação digital e sustentabilidade.
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