Uma investigação recente revelou que chatbots de inteligência artificial podem ser mais convincentes do que seres humanos em debates. Segundo os pesquisadores, essa descoberta pode ter repercussões significativas para a criação de políticas e o design de plataformas digitais. Para alcançar esses resultados, a equipe da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, avaliou o desempenho de 900 indivíduos em comparação com o modelo GPT-4, da OpenAI, durante discussões de 10 minutos sobre temas polarizadores, como pena de morte, redes sociais e direitos das pessoas trans.
O estudo, publicado recentemente na revista Nature Human Behaviour, revelou que, em discussões onde o modelo de chatbot recebeu informações prévias sobre seu oponente — incluindo idade, nível educacional, profissão, gênero, etnia e orientação política —, ele foi até 64,4% mais eficaz em persuadir os participantes em relação aos humanos. No entanto, em interações onde o contexto desse tipo não estava disponível, a performance da inteligência artificial se igualou à dos seres humanos que reagiam às provocações.
“A pesquisa demonstra que, com acesso a dados sobre o interlocutor, a IA não apenas responde, mas também engaja, influencia e direciona decisões. Estamos diante de assistentes virtuais capazes de prever necessidades, ajustar sua linguagem ao perfil do usuário e propor soluções mais eficazes, com um elevado potencial persuasivo”, comenta um especialista em IA em comunicado à imprensa.
Referência: Nature Human Behaviour
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