Como os assistentes de inteligência artificial operam e podem auxiliar no seu dia a dia?

Nos últimos tempos, a inteligência artificial (IA) tem se tornado cada vez mais parte do cotidiano das pessoas. Recentemente, um novo ramo dessa tecnologia tem se destacado: os agentes de IA. Essa categoria representa o que se denomina IA agêntica, referindo-se a um tipo de inteligência artificial que possui características de autonomia e capacidade de ação. Em outras palavras, trata-se de uma tecnologia que pode atuar de maneira independente na tomada de decisões e na execução de tarefas, fundamentando-se em objetivos e diretrizes predeterminadas.

Análise: A Apple pode levar tempo para alcançar seus concorrentes na IA sem uma atualização da Siri. A Samsung apresenta novos modelos de smartphones de linha média com tecnologia de IA. O Gemini: a IA do Google pode acessar o histórico de pesquisas para oferecer respostas.

Ao contrário da IA convencional, que processa dados e responde a comandos específicos, os agentes de IA agêntica funcionam de maneira proativa, antecipando necessidades e adaptando seu comportamento conforme necessário, conforme explica um especialista da área de dados e IA. Na prática, esses agentes têm o potencial de aumentar a eficiência nas atividades diárias, automatizando diferentes tarefas. Segundo o especialista, algumas das aplicações práticas incluem: organização e produtividade, geração de resumos e agendamento de compromissos; atendimento automatizado, visando agilizar o suporte ao cliente; automação de processos, como categorização de e-mails e integração de calendários; e entretenimento personalizado, oferecendo recomendações de conteúdos baseadas nos hábitos de consumo dos usuários em serviços de streaming.

Quais exemplos de agentes de IA podem ser destacados? Um dos exemplos de IA agêntica são os robo-advisors, como os oferecidos pela Wealthfront, que examinam o perfil do investidor e ajustam sua carteira de investimentos automaticamente em resposta às oscilações do mercado, dispensando a intervenção do cliente. Outro exemplo recente é o Browser Operator, um agente de IA lançado pela Opera, que realiza tarefas de navegação. Essa tecnologia de inteligência artificial permite que tarefas sejam automatizadas sem a necessidade de comandos manuais. Os usuários podem instruir o navegador a realizar tarefas utilizando linguagem natural, e ele executará as ações solicitadas. Por exemplo, uma pessoa pode pedir ao navegador que compre um “pacote com dez pares de meias brancas da Nike, tamanho 12”. O Browser Operator, então, se encarregará dessa tarefa, economizando tempo do usuário.

“Diversas novas soluções baseadas em IA estão surgindo nos navegadores, incluindo a forma como elas atuam como agentes. Nossa abordagem, especificamente, não depende de capturas de tela ou gravações de vídeo da navegação para compreender o que está acontecendo – e não se trata de uma versão do navegador operando na nuvem com as credenciais do usuário”, comenta um executivo da Opera. Ademais, assistentes virtuais e chatbots como ChatGPT, Google Assistant, Siri e Alexa, também se qualificam como agentes de IA. O Microsoft Copilot, que é incorporado no Windows e em ferramentas do Office e auxilia na elaboração de documentos, e-mails e planilhas, também merece menção. O Google Duplex se apresenta como um assistente de IA que realiza diálogos naturais para executar ações no “mundo real” via telefone, como fazer pedidos de comida por delivery ou reservas em restaurantes. Para isso, utiliza tecnologia de processamento de linguagem natural para simular a fala humana em chamadas.

Como os agentes de IA podem revolucionar nossa interação com a tecnologia? Segundo especialistas, esses agentes estão tornando a tecnologia mais intuitiva, personalizada e dinâmica. “As interações vão além de menus e comandos manuais; os usuários agora têm a opção de utilizar voz, texto e gestos”, comenta um especialista na área. De acordo com ele, essa evolução pode resultar em uma melhor antecipação das necessidades dos usuários, melhor acessibilidade por meio de assistentes de voz e leitura automatizada, integração de dispositivos (como casas inteligentes, dispositivos vestíveis, e carros conectados) e experiências imersivas.

Entretanto, essa evolução também demanda uma atenção extra em relação à privacidade e segurança. “Vários agentes coletam e processam dados pessoais, tornando fundamental a implementação de criptografia e políticas claras de transparência”, considera o especialista. Além disso, é crucial que os algoritmos sejam treinados adequadamente para evitar a reprodução de preconceitos. “A solução para esses desafios reside no desenvolvimento ético da IA, que envolve regulamentação, auditoria de algoritmos e maior clareza no uso de dados”, conclui.

No Brasil, o Senado Federal aprovou uma regulamentação para as IAs, que deverá ser discutida na Câmara dos Deputados até o final de 2024. A proposta visa estabelecer diretrizes para proteger a população contra eventuais falhas e garantir direitos aos artistas, que ainda não possuem uma proteção legal adequada em relação ao uso de suas obras. O Brasil se destaca como um dos países com maior uso de inteligência artificial.

Referência: CNN

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