Cursos universitários que podem desaparecer em duas décadas, segundo análises de IA

Se você passa boa parte do seu tempo online, é bem provável que diversas questões do seu cotidiano já tenham sido esclarecidas por alguma das ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa disponíveis atualmente. Além de ajudarem a resolver problemas matemáticos ou a planejar uma viagem, essas IAs também têm servido como um indicador do efeito da tecnologia no mercado de trabalho e no surgimento de novas competências. De um lado, novas oportunidades estão surgindo; do outro, algumas funções estão se tornando obsoletas, exigindo que os profissionais se adaptem e atualizem seus conhecimentos. Com isso em mente, foi realizada uma consulta ao DeepSeek, ChatGPT e Gemini, questionando quais cursos universitários têm potencial para deixar de existir ou se tornarem menos relevantes no decorrer dos próximos 20 anos.

A análise das respostas das três IAs revelou que, até 2045, algumas formações podem desaparecer. Entre os cursos listados estão engenharia civil, jornalismo tradicional e secretariado executivo, especialmente em razão das transformações tecnológicas que estão afetando várias áreas. Abaixo, veja quais são os 10 cursos que têm chances de não existir mais nas próximas duas décadas, segundo as IAs:

1. Engenharia civil
As respostas do ChatGPT e do Gemini indicam que a automação e a robótica estão transformando este setor, diminuindo a necessidade de engenheiros em projetos comuns. “O mercado deve valorizar engenheiros com alta especialização, mas a demanda geral pode cair à medida que tecnologias automatizadas realizem grande parte das tarefas”, afirmam as IAs.

2. Jornalismo tradicional
Em função do aumento das plataformas digitais, redes sociais e do uso da inteligência artificial na criação de conteúdo, a demanda por jornalistas que atuem em formatos tradicionais está diminuição, segundo o DeepSeek e o ChatGPT. “A profissão poderá ser substituída por curadores de informações e especialistas em comunicação digital.”

3. Secretariado executivo
Com o avanço de ferramentas de automação, como assistentes virtuais, muitas das tarefas administrativas, como organização de agendas, gerenciamento de e-mails e documentação, estão sendo realizadas por essas tecnologias. “Habilidades em gestão de projetos e análise de dados estão se tornando mais valorizadas do que funções operacionais”, destacou o ChatGPT.

4. Administração
Este curso também foi mencionado pelas IAs, que argumentaram que a tomada de decisões empresariais está se tornando cada vez mais influenciada por algoritmos, análises preditivas e inteligência artificial. “O conhecimento em administração pode ser adquirido de forma prática e rápida, sem a necessidade de uma formação formal.” O DeepSeek acrescentou que “habilidades como análise de dados, inovação e liderança em ambientes digitais estão se tornando mais cruciais do que os conhecimentos tradicionais da área.”

5. Direito (em algumas áreas)
De acordo com as IAs, software jurídicos baseados em inteligência artificial e blockchain estão automatizando processos legais. Questões simples já podem ser resolvidas digitalmente, o que diminui a necessidade de advogados para tratar de assuntos burocráticos. “Setores como contratos, direito do consumidor e trabalhista sofrerão impactos significativos. No entanto, áreas mais complexas, como o direito penal e tributário, ainda demandarão profissionais altamente qualificados”, esclareceu o ChatGPT.

6. Biblioteconomia
Para o DeepSeek, a digitalização das coleções e o acesso à informação online estão tornando obsoletas as funções desse profissional. “O foco deslocou-se para a curadoria digital e a gestão de dados, que exigem habilidades mais tecnológicas.”

7. Turismo
A experiência turística digital, com o uso de assistentes virtuais e plataformas de planejamento de viagens, está diminuindo a necessidade de profissionais formados na área. “A maioria das pessoas prefere planejar suas viagens de maneira independente, utilizando inteligência artificial e aplicativos avançados. As empresas de turismo estão contratando experts em tecnologia, experiência do usuário e análise de dados ao invés de diplomados tradicionais”, destacou o ChatGPT.

8. Design gráfico tradicional
Ferramentas de IA, como DALL-E, MidJourney e Canva, possibilitam a qualquer pessoa a criação de designs profissionais sem a necessidade de conhecimentos técnicos avançados, conforme ressaltou o DeepSeek. “Automatizações de tarefas repetitivas, como edição de imagens e design de layouts, reduzem a necessidade de designers gráficos especializados. Os profissionais precisarão se reinventar, voltando seu foco para estratégias criativas e experiências imersivas.”

9. Geografia (com foco em cartografia)
A digitalização no campo da geografia, impulsionada por mapas e sistemas automatizados de informação geográfica (GIS), também afetou essa profissão. Segundo as IAs consultadas, isso diminuiu a necessidade de cartógrafos. “Satélites e drones capturam dados geográficos com alta precisão, e ferramentas de IA processam essas informações rapidamente.”

10. Relações internacionais
De acordo com o ChatGPT, as interações globais estão cada vez mais mediadas por inteligência artificial, blockchain e práticas de diplomacia digital. Assim, as empresas começam a preferir profissionais com formação em tecnologia e ciência de dados para lidar com negociações e análises de mercado. “O curso poderá se tornar obsoleto, dando espaço a formações híbridas que combinem o conhecimento em geopolítica com tecnologia e economia de dados”, finalizou a IA.

Referência: CNN

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