O cantor Elton John, de 78 anos, criticou neste domingo (18) o governo britânico ao acusá-lo de “roubar” ao sugerir que as empresas de tecnologia possam treinar modelos de inteligência artificial para criar música e outras obras no Reino Unido, sem assegurar a devida compensação aos artistas. Os setores criativos em várias partes do mundo enfrentam desafios legais e éticos com o uso de IA que consegue produzir obras próprias após serem alimentadas com material já existente.
O Reino Unido, cuja liderança sob o primeiro-ministro Keir Starmer visa transformá-lo em uma potência em inteligência artificial, apresentou uma proposta para flexibilizar as leis de direitos autorais. A ideia é permitir que desenvolvedores de IA utilizem qualquer conteúdo ao qual tenham acesso legal para treinar seus sistemas. Essa proposta exigiria que os criadores de conteúdo tomassem a iniciativa de impedir que suas obras fossem utilizadas.
Grandes nomes da música, como John, Paul McCartney, Andrew Lloyd Webber e Ed Sheeran, manifestaram-se contra a proposta, alertando que isso tornará ainda mais desafiador para os jovens artistas sustentarem suas carreiras em áreas criativas. “O risco para os novos talentos é que eles não possuem recursos para ficar checando ou lutando contra as grandes empresas de tecnologia”, declarou John à BBC. “Isso é um crime e me sinto extremamente traído.”
Com mais de 300 milhões de álbuns vendidos em uma carreira que se estende por seis décadas, John, que é um apoiador do Partido Trabalhista liderado por Starmer, enfatizou seu compromisso em apoiar novos artistas e continuar sua luta contra essas mudanças. O governo, por sua vez, afirma que busca encontrar uma alternativa que possibilite o crescimento tanto dos setores criativos quanto das empresas de IA.
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