No mês passado, o Spotify introduziu o Spotify Mix. Desde que experimentei essa nova funcionalidade, estou considerando mudar de plataforma. O Apple Music também está para lançar sua versão, chamada AutoMix, na próxima semana.
Como uma usuária fiel do Apple Music que vem criando playlists no aplicativo nativo desde o meu iPod Touch, nenhuma das novidades do Spotify conseguiu me convencer a mudar – até que surgiu o Spotify Mix. Para quem aprecia música e dedica muito tempo pensando em cada uma das playlists que monta, como eu, não há nada mais frustrante do que ouvir duas músicas que não deveriam tocar uma depois da outra. Além disso, quando estamos ouvindo música enquanto trabalhamos, o tempo para arranjar as músicas do jeito certo é limitado. É aí que entra um DJ alimentado por IA.
Durante a Conferência Mundial de Desenvolvedores da Apple (WWDC) em junho, a empresa apresentou o novo recurso AutoMix. A proposta é criar transições suaves entre as faixas, utilizando a IA para combinar o tempo e o ritmo da música que está prestes a tocar, que é escolhida automaticamente pelo Autoplay. Isso é diferente da função Crossfade, que apenas toca duas faixas em sequência, sem considerar a harmonia entre os ritmos.
Os usuários da versão beta logo começaram a compartilhar suas experiências nas redes sociais, e as transições impressionantes levaram o recurso a se tornar viral rapidamente. Contudo, o recurso está disponível apenas no iOS 26, que será lançado junto com o evento de lançamento do iPhone 17. Portanto, por enquanto, os usuários podem testá-lo apenas na versão beta, cientes de que ele não está totalmente finalizado e pode apresentar bugs.
Em agosto, o Spotify lançou sua própria versão do recurso, o Spotify Mix, em fase beta. Assim como o AutoMix, essa funcionalidade faz a transição entre as faixas, levando em consideração aspectos como volume, equalização e curvas de efeito. No momento, o recurso está acessível apenas para usuários Premium elegíveis e para playlists criadas por eles.
Minha primeira experiência com o recurso Spotify Mix aconteceu durante uma viagem de carro de duas horas. Apesar de estarmos cansados após um longo fim de semana na praia, o recurso nos revitalizou. Embora algumas transições tenham sido um pouco sem graça, quando funcionaram bem, era como se um DJ real estivesse mixando as músicas, com a certeza de que eu iria gostar das faixas, pois fui eu quem montou a playlist. Como disse um amigo: “Isso é para que os smartphones foram feitos.”
Uma importante observação: essa funcionalidade não deve ser confundida com o recurso AI DJ do Spotify, que é bem inferior. Este outro recurso oferece uma experiência narrada que orienta os ouvintes entre as faixas, algo que, sinceramente, não me agrada.
Voltando ao Spotify Mix, uma dos aspectos interessantes que o AutoMix não apresenta é a possibilidade de personalizar manualmente cada transição. No meu uso diário do recurso, não senti necessidade de modificar as transições, já que o Spotify faz um trabalho satisfatório, e eu confio mais na capacidade dele de combinar os tempos do que na minha.
Apesar de achar o recurso do Spotify incrível, como usuária de Apple Music há mais de uma década, prefiro a interface e a experiência do aplicativo nos dispositivos Apple. Além da estética, que consegui deixar de lado nas últimas semanas devido ao prazer que sinto usando essa funcionalidade, valorizo que na versão da Apple posso aplicar o AutoMix a qualquer playlist, independentemente de quem a criou.
Por fim, é desejável que ambos os serviços de streaming encontrem uma forma de integrar a transferência de playlists. Usar o SongShift para cada uma das playlists que possuo, embora seja uma tarefa simples, se torna cansativo quando se tem muitas opções. Espero que uma funcionalidade que o Apple Music testou anteriormente retorne ao desenvolvimento.
Referência: ZDNET
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