Para o ator Marco Pigossi, o emprego da inteligência artificial para ajustar o sotaque de Adrien Brody em sua performance no longa “O Brutalista” não afeta a avaliação de sua atuação, mesmo diante das controvérsias a respeito da tecnologia. Ele fez essas observações durante uma transmissão especial da CNN sobre o Oscar, neste domingo (2). “No cinema, a tecnologia já é muito utilizada para efeitos especiais, mas o que não pode ocorrer é a substituição do ser humano. Caso contrário, irão criar uma imagem 360 graus de nós e não precisaremos mais existir”, declarou Pigossi.
Rômulo Estrela, que também participou da live, expressou que um ator cujo sotaque fosse naturalmente compatível com o personagem poderia ter sido uma opção viável. “Não dá para abrir mão da tecnologia, mas ela deve ser uma aliada e utilizada de maneira estratégica para democratizar o cinema”, refletiu. Durante a discussão, a atriz Camila Márdila, de “Ainda Estou Aqui”, enfatizou a importância da regulamentação da IA no setor audiovisual. “Não pode se tornar um lugar sem regras”, argumentou.
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