A inteligência artificial é capaz de desempenhar funções como redação, programação, raciocínio e pesquisa com grande precisão — todas tarefas essenciais para iniciar um negócio próprio. Isso levanta a questão: a IA pode ajudar pessoas a criar sua própria empresa bilionária? O CEO da Anthropic, Dario Amodei, acredita que a resposta é sim, e isso pode acontecer mais cedo do que muitos imaginam.
Durante a primeira conferência de desenvolvedores da Anthropic, chamada Code with Claude, Amodei foi questionado sobre quando veríamos a primeira empresa billionária com apenas um funcionário. Ele respondeu com confiança: “2026”.
No mesmo evento, a Anthropic apresentou sua família de modelos mais avançada até o momento — Claude Opus 4 e Sonnet 4 — os quais podem programar, raciocinar e oferecer capacidades autônomas com mais eficiência do que nunca. Esses novos agentes de IA devem abrir novas oportunidades para que as pessoas otimizem sua forma de trabalhar, desenvolvam produtos e até mesmo criem suas startups.
Segundo Amodei, as primeiras indústrias a aproveitar essa eficiência serão aquelas que não dependem tanto de interação humana para gerar receita, ou cujos modelos de negócios não giram em torno desse tipo de interação. Ele cita empresas de ferramentas de desenvolvimento ou treinamento proprietário como exemplos de onde esse trabalho individual, assistido por IA, pode ser realizado. Os usuários apenas precisam adotar o produto, e o atendimento ao cliente pode ser tão simples quanto fazer uma pergunta e receber uma resposta da IA.
Embora a afirmação de que a primeira pessoa a construir uma empresa bilionária esteja a um ano de distância seja apenas uma previsão, isso não parece tão improvável. O diretor de produtos da Anthropic, Mike Krieger, cofundador do Instagram e posteriormente do Artifact, comenta que não parece uma ideia maluca. “Não me parece loucura. Eu construí uma empresa bilionária com 13 pessoas, e isso foi há 13 anos”, disse Krieger em uma sessão de perguntas e respostas com a imprensa.
Com ferramentas como o Claude Opus, Krieger acredita que poderia ter criado o Instagram apenas com ele e seu cofundador, Kevin Systrom. Muitas das áreas em que precisaram escalar no Instagram, especialmente a moderação e a engenharia, poderiam ter se beneficiado com uma ajuda significativa da IA.
Uma das tendências mais proeminentes atualmente no setor são os agentes de IA — inteligência artificial que pode executar tarefas de forma autônoma com pouca intervenção humana, e esses agentes estão se tornando cada vez mais capazes. O modelo mais avançado da Anthropic, Claude Opus 4, foi desenvolvido para manter um desempenho consistente em tarefas complexas e prolongadas. Um dos clientes da Anthropic, a Rakuten, fez um refatoramento de código aberto que funcionou de maneira independente por sete horas.
Esse desempenho é especialmente notável, pois representa o equivalente a um dia de trabalho completo para um humano, realizado por um agente de IA sem pausas ou queda de desempenho. À medida que essas tecnologias evoluem, é fácil perceber como elas podem impulsionar a inovação e capacitar a próxima geração de startups.
“Nossa equipe, notoriamente pequena, teve que tomar decisões difíceis. Ou explorávamos a adição de vídeo ao produto ou focávamos na criatividade central”, comentou Krieger. “Com agentes de IA, as startups agora podem testar experimentos em paralelo”.
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Referência: Sabrina Ortiz/ZDNET
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