A Agrishow, reconhecida como a maior exposição de tecnologia agrícola da América Latina, está atualmente em seu terceiro dia, concentrando-se em inovações e práticas sustentáveis. O evento, que se realiza em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, serve como um espaço de demonstração para o futuro da agricultura no Brasil. A Solinftec, referência global em inteligência artificial, revelou suas novidades, incluindo um robô de grande porte destinado ao uso agrícola. Essa máquina realiza monitoramento agronômico de forma inteligente, operando totalmente de maneira autônoma ao longo de toda a safra.
Denis Arroyo, vice-presidente da empresa, ressalta: “O aspecto mais crucial desse robô é a inteligência artificial que está integrada a ele.” Ele acrescenta que a empresa já possui esta tecnologia há muitos anos, permitindo que o equipamento não apenas colete informações, mas também identifique plantas e realize intervenções no momento apropriado. Arroyo destaca que os resultados têm sido significativos: “Em cultivos de soja, conseguimos um aumento de dez sacas por hectare.”
Adicionalmente, o robô ajuda a diminuir a aplicação de herbicidas e pode ser empregado na vigilância de pragas durante a noite. A Solinftec já conta com mais de 150 unidades desses robôs atuando globalmente, incluindo nos Estados Unidos, e tem como meta aumentar esse número para 700 nos próximos dois anos. Em algumas propriedades em Goiás, já são utilizados até 22 robôs trabalhando simultaneamente.
Apesar dos benefícios, Arroyo admite que existem desafios para a implementação dessa tecnologia: “Um dos pontos importantes que precisamos abordar é a mudança de mentalidade. Muitos ainda veem o robô como um equipamento pequeno, enquanto na verdade ele opera de forma mais lenta e não consegue gerenciar uma fazenda inteira.” Ele enfatiza que o Brasil apresenta um imenso potencial para se destacar neste setor: “Temos uma oportunidade de crescimento imensa, pois o Brasil possui condições climáticas, terras e recursos hídricos que são únicos no mundo, além de contar com tecnologia e um grande número de profissionais no campo.”
No entanto, ele reforça que a conectividade é fundamental para o êxito dessas inovações: “Se a conectividade não alcançar as áreas rurais, a tecnologia não chegará, e o produtor ficará à margem.”
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